Como tudo começou

 O sonho começa aos 16 anos. Minha primeira moto foi uma Yamaha 75cc, modelo 1976.
Era o ano de 1982.
O capacete nem era obrigatório, para mim era sim pois senão eu dançava. Eu não tinha carteira de habilitação e nem idade para tê-la.
A relação foi breve, vendi a moto para ajudar a família a comprar o primeiro carro do período que moramos em Fortaleza.
As CB 400 da Honda eram o sonho de todos. A CB preta que era linda, mas a dourada, a CB 400 II, também impressionava.
Os sonhos não envelhecem.

Sonhos não envelhecem

Muitos anos se passaram e a vida me levou por caminhos onde motocicletas não faziam parte. Com filho pequeno não quis me aventurar pelo motociclismo.
Os sonhos não envelhecem mas nós sim, agora com filho crescido, se locomovendo com independência, e desta vez a vida colocou uma CB 400 1981 em meu caminho.

foto: Usha Velasco


Era uma pérola! Chegou às minhas mãos com 18 mil kilometros rodados, moto de coleção, por onde eu passava causava frisson nos amantes das CBs e CBzeiros saudosos ou frustrados.
Embora sua primeira-anterior dona a chamasse de Pantera Negra decidi chamá-la de Neguinha, acho que assim a relação ficava mais afetuosa.
A primeira viagem foi para Pirenópolis-GO, Brasília-Pirenópolis 150 killometros, em missão, participar da I Maratona Fotográfica de Pirenópolis, em 2008.


Depois da Neguinha a sorte sorriu novamente para mim e troquei a Neguinha pela NegaPlus.
Saí de uma CB 400 1981 para uma CB 450DX 1989, esta com 36 mil km rodados.

foto: Paty Braga




Chegada ao universo da Custom

Embora curtindo a NegaPlus estava de olho nas Custons.
Pesquisando preços, cilindradas, comentários nos fóruns, cheguei à Intruder 800.
Beleza. Agora é procurar algo que coubesse no meu bolso....no meu sonho.
Achei no jornal um anúncio de uma Intruder 800 modelo 2001 com 9 mil kilômetros rodados.
Fui ver despretenciosamente, mas...tarei na moto sem ter os 15 mil reais pedidos.
O dono me deu 10 dias para levantar a grana. Foi o que fiz.
Desequilibrou as finanças mas catapultou minha satisfação.



Agora era dono de uma bela Custom.
Dei-lhe o nome de BlueNote, em função da cor e de minha paixão pelos Blues.
Causa inveja a alguns e admiração pelo estado de nova a outros.
Agora é começar a preparar a viagem!